sábado, 31 de maio de 2014

2 meses!

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2 meses do Helinho!!!

- 57cm e mais de 5kgs de pura gostosura

- depois de um começo difícil, morro de orgulho de estar conseguindo amamentar exclusivamente, mesmo já tendo voltado a fazer eventos.

- muitos sorrisos e barulhinhos fofos.
 

- quando alguém me pergunta se ele já dorme a noite inteira eu sempre rio. pq melhor rir q chorar né? rs! são 2 meses sem dormir mais de 3hs seguidas.
 

- está começando a entender q as mãozinhas são dele e q são muito gostosas de chupar.
 

- já perdeu roupinhas e está na fralda tam P.
 

- qd tá feliz balança os bracinhos e perninhas. a gente apelidou ele de happy feet, rs.
 

- adora dormir ouvindo nação zumbi.
 

- já fez sua primeira viagem de carro e se comportou muito bem!
 

- começou a me "namorar" enquanto mama. daí ri, desconcentra, solta o peito e chora. bebê bipolar!
 

- já passeou por vila isabel, já foi ao bar assistir ao flamengo, já visitou os parentes, é um menino baladeiro! hj vamos tentar passear na orla de copa com ele.
 

- minha coluna dói e eu não sei mais o q é estar sem sono. e morro de inveja de quem assistiu X Men.
 

- e uma das coisas mais importantes q a maternidade me ensinou até agora foi não julgar as outras mães. o bagulho é tão intenso e difícil muitas vezes q cada uma tem uma maneira de conseguir sobreviver. morro de vergonha de pensar q eu achava um absurdo quem dava formula em vez de amamentar. mal sabia eu o qt pode ser difícil.

2 meses q ele chegou e nem lembro mais como era a vida AH (Antes do Helinho).

Parabéns pro meu pequeno!

sábado, 3 de maio de 2014

quando virei mãe

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Não foi qd vi a cruzinha azul no teste de gravidez. não foi qd escutei o coraçãozinho dele no ultrassom, pela primeira vez. não foi qd descobrimos que seria um menininho nosso primeiro filho, nem quando eu pintei seu quartinho e lavei suas roupinhas. durante a gravidez eu estava apaixonada pela ideia de ser mãe e pelo meu bebezinho, mas eu não era mãe ainda.

não foi na sala de cirurgia. e eu tenho um pouco de vergonha de contar isso. eu fui pra maternidade ansiosa sim, mas não era uma ansiedade boa. eu estava morrendo de medo de ser cortada. quase em pânico. e tentando disfarçar pra q ninguém me julgasse, afinal eu conheceria meu filho naquele dia. o resto era resto, né?

lembro quando a médica disse “vai nascer” e a fotógrafa foi pra trás do pano azul. em alguns segundos eu escutei um choro forte e achei surreal. não conseguia conectar aquele choro ao bebê q esteve na minha barriga por quase 10 meses. quando a doutora me mostrou ele de longe eu achei ele feio. inchado e enrugado. me lembrou um primo de quem eu não gosto muito. eu disfarcei de novo, com um peso no coração.

como eu não estava completamente apaixonada pelo meu bebê? como eu não estava em prantos de alegria?

mas as coisas começaram a mudar quando a pediatra colocou ele, ainda sujinho e chorão, grudado no meu rosto e ele parou de chorar e esticou as mãozinhas pra me alcançar. ali eu percebi q aquele ser não era um estranho. ele me conhecia! q incrível!

não me tornei mãe na primeira noite pq não passamos juntos. a maternidade demorou quase 6hs pra levar nosso bebê pro quarto, apesar de estar tudo ótimo com ele. nem na segunda noite, quando a pediatra nos orientou a acordá-lo a cada duas horas pra mamar e eu não consegui acordar. eu estava cansada, dolorida, ansiosa e a amamentação não estava sendo fácil.

quando chegamos em casa eu virei mais filha, mais bebê q o meu bebê. o neném só dormia e chorava. não mamava direito então tinha fome enquanto estava acordado. eu, em recuperação da cesarea, chorava no colo da minha mãe e quis q o meu bebê voltasse pra dentro da minha barriga. não conseguia acalmá-lo, não conseguia me acalmar. entregava ele chorando pra minha mãe, pro meu marido. tive pesadelos. liguei pra pediatra pra saber se ele podia morrer de tanto chorar, liguei pra obstetra e ela me orientou a ir procurar ajuda pra amamentar.

quando cheguei no banco de leite eu não era mãe. eu era uma mulher arrasada com um bebê no colo. mas os dois não estavam conectados.

meu filho nasceu numa segunda feira a noite. eu virei mãe no sábado.

virei mãe quando percebi q o choro do meu bebê não era só fome de alimento. era fome de mim. virei mãe quando resolvi q passaria o dia inteiro com ele no quarto. eu e ele. só. eu aprenderia a entender o seu choro.

eu daria calor e peito o quanto ele quisesse. a gente dormiria abraçadinho.

ele se sentiria amado e seguro, não importa o quanto eu estivesse insegura e despedaçada.

e percebi q seria assim pra sempre.